sábado, 7 de fevereiro de 2015

Evolução musical na pré história

Nenhum dado científico permite estabelecer a ordem de aparecimento dos fenômenos musicais. Pode-se apenas imaginar uma sucessão hipotética de etapas evolutivas, como a seguinte:

  • Antropóides do terciário: organização rítmica rudimentar, batidas com bastões, percussão no corpo, objetos sacudidos ou entrechocados.
  • Hominídeos do paleolítico inferior: pitecantropo, sinantropo: imitação dos ritmos ou dos ruídos da natureza, pela boca e pela laringe. O grito é uma válvula de escape das sensações e emoções.
  • 70.000 a 50.000 anos atrás: aumento nas variações de altura e de timbre da voz
  • 40.000 anos atrás|: um aumento significativo da consciência musical. O homem torna-se apto a falar e ocorre a fabricação de objetos musicais. A imitação dos ruídos da natureza possui um caráter mágico, como a imitação dos som da chuva, com o fim de atraí-la.

  • Nascimento das primeiras civilizações musicais (c. 9.000 a.C.):  o canto se distingue, claramente da linguagem falada, a dança e a música instrumental da expressão gestual sonorizada. Consciência do futuro proporciona às ações humanas um caráter prospectivo e refletido.
Nada prova que a música vocal tenha precedido a música instrumental, ou vice versa. O aparecimento do canto está ligado a um fenômeno notável de adaptação funcional secundária e pressupõem um desenvolvimento cerebral avançado e um mecanismo muito refinado. Seria o canto possivel de existir antes do paleolítico inferior? Os hominídeos do paleolítico inferior provavelmente utilizavam uma expressão vocal bastante rudimentar.
    No paleolítico superior é que aparecem instrumentos capazes de produzir sons de uma altura determinada. Mas é apenas no neolítico, que com ferramentas mais apropriadas, de pedra polida, que foi capaz a realização de instrumentos afinados em uma altura desejada, como os instrumentos de corda . E depois com a metalurgia concretiza-se um novo passo na construção dos instrumentos musicais.




Referência:
Cande, Roland. História Universal da Música. Editora Martins Fontes, 2001: p.44-50.

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